Third Sector

Espaço onde apresento informações relativas aos temas do terceiro setor. Os temas preferidos são elaboração de projetos sociais, elaboração de propostas para levantamento de recursos para projetos sociais, gestão de organizações sem fins lucrativos, ferramentas computacionais para uso nas atividades do terceiro setor, projetos de conservação de energia para ajudar as organizações do terceiro setor a fazerem economia a partir da redução do consumo de energia.

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Location: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Engenheiro eletrônico aposentado. Trabalhei por mais de três décadas em uma empresa federal de geração de energia elétrica, onde comecei como estagiário e, posteriormente, desempenhei as funções de engenheiro de telecomunicações, gerente de conservação de energia e superintendente de negócios de telecomunicações. Atualmente me dedico à pesquisa genealógica.

Thursday, January 19, 2006

Contabilidade para Entidades do Terceiro Setor

Forneço duas referências sobre procedimentos contábeis para entidades do terceiro setor. São documentos disponíveis para download na internet.

O primeiro é o Manual de Procedimentos Contábeis para Fundações e Entidades de Interesse Social desenvolvido em parceria pela Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC) e a Associação Nacional dos Procuradores e Promotores de Justiça de Fundações e Entidades de Interesse Social (Profis), com a contribuição da Promotoria de Justiça de Fundações e Entidades de Interesse Social do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. O Manual se destina aos dirigentes das entidades e aos profissionais da Contabilidade que têm a responsabilidade sobre a gestão contábil, financeira, econômica e patrimonial das Entidades de Interesse Social. Constitui uma fonte de pesquisa e de apoio para a prática contábil, de controle, de prestação de contas e demais procedimentos necessários ao bom relacionamento dessas entidades com os órgãos reguladores e fiscalizadores do segmento. Está disponível no seguinte endereço da internet (acessado em 19/01/2006):
http://www.cfc.org.br/uparq/Livro_ManualFundacoes2ed.pdf

O segundo é o Manual de Prestação de Contas de Convênio elaborado pelo Ministério da Cultura, SEMT - Secretaria de Educação Média e Tecnológica que estabelece e ordena os procedimentos a serem seguidos, seja pela SEMT, na condição de Unidade Concedente, seja pelas Entidades Convenentes, ante as responsabilidades assumidas quando da celebração dos instrumentos de convênio. Está disponível no seguinte endereço da internet (acessado em 19/01/2005):
http://www.mec.gov.br/semtec/Ftp/Manual_PC.pdf

Thursday, December 15, 2005

Análise Econômica em Projetos Sociais

Os projetos sociais, bem como os culturais e os ambientais, têm uma característica comum que impede o uso da tradicional análise custo x benefício para as suas avaliações. Ela está ligada à impossibilidade ou inadequação de se medir ou comparar os custos e benefícios com a mesma unidade de medida. Por exemplo, em um projeto social, que tem como benefício salvar vidas humanas, como se pode comparar o custo do projeto com o valor do benefício? Não é possível atribuir valor à vida humana!

Para superar essa dificuldade, foi criada a técnica da análise custo - efetividade, que é o tema de uma monografia que acabo de elaborar para a candidatura ao MSA - Master in Social Administration do curso GIS - Gestão de Iniciativas Sociais da COPPE/UFRJ. Procurei abordar o assunto de uma forma explicitamente didática, buscando fazer da monografia um guia prático para uso pelos gestores sociais.

A monografia está disponível para download no seguinte endereço da internet:

http://www.irwanderley.eng.br/monografia/analisecustoefetividade.pdf

Bibliografia sobre Gênero

Criei um página na internet onde forneço algumas publicações sobre Gênero. A iniciativa foi uma contribuição ao Grupo de Genêro de FURNAS Centrais Elétricas S.A., em retribuição pela grande colaboração que recebi das mulheres de FURNAS durante os trinta e dois anos da minha carreira profissional naquela empresa. O endereço da página é:

http://www.irwanderley.eng.br/Genero/Furnas_Mulher.htm

Tuesday, July 05, 2005

Elaboração de Projetos Sociais

Sobre elaboração de projetos sociais segundo a metodologia do Marco Lógico (LFA - Logical Framwork Approach), apresento uma referência bibliográfica e alguns links para download de documentos que tratam do assunto:

ZOPP - Planejamento de Projetos Orientado por Objetivos da Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH (Agência Alemão para Cooperação Técnica):
http://www.zopp.com.br/zopp_p.pdf

The Logical Framework Approach - Handbook for Objective-Oriented Planning da NORAD - Norwegian Agency for Development Cooperation:
http://www.baltichealth.org/customers/baltic/lfa/LFA%20handbook.htm

Logic Model Development Guide, W.K. Kellogg Foundation:
http://www.exinfm.com/training/pdfiles/logicModel.pdf

Penteado Fº, P. A., Elaboração de Programas e Projetos:
http://www.ufba.br/~paulopen/Elaboracao_de_Programas_e_Projetos.html

Cohen, E. e Franco, R., Avaliação de Projetos Sociais, 5ª edição. Petrópolis: Editora Vozes 2002

Avaliação de projetos sociais - a contribuição da CEPAL, documentos do Curso Internacional ENAP 2001 (acrescentado em 28/08/2005):
http://www.enap.gov.br/downloads/ec43ea4fTEXTO6.zip

Avaliação de Programas de Governo - Técnicas Aplicadas em Auditorias de Natureza Operacional do Tribunal de Contas da União. Contém vários manuais muito instrutivos para a elaboração e avaliação de projetos sociais:
http://www.tcu.gov.br/AvaliacaoDeProgramasDeGoverno/avalgov/tecnicas.htm

Exemplos de projetos para captação de recursos

a) Asylo Espírita João Evangelista, Rio de Janeiro, 2004:
http://www.irwanderley.eng.br/Captacao_de_Recursos/Asylo_C&A.zip

b) Associação Pestalozzi de Petrópolis, Petrópolis, 2005:
http://www.irwanderley.eng.br/Captacao_de_Recursos/Inclusao_Urgente.zip

Thursday, February 03, 2005

Benefício Fiscal para Doações de Pessoas Jurídicas

Entidades sem fins lucrativos detentoras de Título de Utilidade Pública Federal ou Certificado de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP propiciam ao doador pessoa jurídica benefício fiscal para os montantes doados. Reproduzo a seguir os textos de Direito Tributário do material didático do Curso de Direito do Terceiro Setor, ministrado pelo prof. Pedro Carpenter Genescá, e promovido pelo CCE da PUC Rio, onde são apresentadas as informações relativas aos requisitos para a concretização de tais benefícios.

a) fundamento legal: Lei 9.249/95 e MP 2.113-30/2001

b) origem dos recursos: exclusivamente das doações feitas

c) doações de pessoas físicas: proibido desde 1996

d) doações de pessoas jurídicas:
- tem que ser tributada pelo lucro real;
- deduzida como despesa operacional até o limite de 2% do lucro operacional;
- a pessoa jurídica deve emitir recibo nos termos da IN/SRF 87/96;
- artigo 13 - Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, são vedadas as seguintes deduções, independentemente do disposto no art. 47 da Lei n° 4.506, de 30 de novembro de 1964:

(...)

VI - das doações, exceto as referidas no § 2°;
§ 2° - Poderão ser deduzidas as seguintes doações:

(...)

III - as doações, até o limite de dois por cento do lucro operacional da pessoa jurídica, antes de computada a sua dedução, efetuadas a entidades civis, legalmente constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da comunidade onde atuem,observadas as seguintes regras:

a) as doações, quando em dinheiro, serão feitas mediante crédito em conta corrente bancária diretamente em nome da entidadebeneficiária;

b) a pessoa jurídica doadora manterá em arquivo, à disposição da fiscalização, declaração, segundo modelo aprovado pelaSecretaria da Receita Federal, fornecida pela entidade beneficiária, em que esta se compromete a aplicar integralmente osrecursos recebidos na realização de seus objetivos sociais, com identificação da pessoa física responsável pelo seucumprimento, e a não distribuir lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhumaforma ou pretexto; (o modelo de declaração foi aprovado pela IN/SRF 87/96);

c) a entidade civil beneficiária deverá ser reconhecida de utilidade pública por ato formal de órgão competente da União.

1.10) Exemplos de cálculo de benefício
Receita bruta
(-) Devoluções, abatimentos e impostos sobre faturamento.
(=) Receita líquida
(-) Custo dos serviços/produtos vendidos
(=) Resultado ou Lucro bruto
(-) Despesas com vendas
(-) Despesas gerais e administrativas
(-) Despesas financeiras
(+) Receitas financeiras
(-) Despesas de depreciação
(=) Resultado ou Lucro operacional

Aqui entra o desconto de 2%

(-) Despesas não operacionais
(+) Receitas não operacionais
(=) Resultado ou Lucro antes do IR e da CSLL
(-) IR/CSLL
(=) Resultado ou Lucro líquido

DOAÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS AMPARADAS POR INCENTIVOS FISCAIS

Doações a Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente

a) fundamento legal: ECA 260

b) origem dos recursos:
- doações de pessoas físicas e jurídicas.

c) doações pessoas físicas (Lei 9.250/95):
- dedução integral das doações até 6% do IR devido;
- aplicada ao final, em abatimento do imposto devido

d) doações de pessoas jurídicas (Decreto 794/93):
- tem que ser tributada pelo lucro real;
- dedução integral das doações até 1% do IR devido mensalmente;
- aplicada ao final, em abatimento do imposto devido;
- a dedução pode ser mensal, trimestral ou anual

e) dinâmica:
- Conselho Federal e Conselhos Estaduais e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente podem criar seus respectivos fundos;
- as doações não podem ser feitas para um determinado projeto, salvo Resolução Conanda 85 que autoriza destino de até 80% para projeto esportivo social específico;
- a doação varia de Estado para Estado e Município para Município, mas deve ser feita na conta-corrente do fundo, existente em banco oficial.

Publicação de Balanço Anual por Entidade do Terceiro Setor

Sobre a obrigatoriedade de entidades do Terceiro Setor publicarem seus balanços anuais, transcrevo, a seguir, trechos das apostilas de Direito Administrativo do Curso de Direito do Terceiro Setor, ministrado pelo prof. Pedro Carpenter Genescá, sob promoção da Coordenação Central de Extensão da PUC-RIO, onde são apontadas as situações em que tal publicação é obrigatória.

1.1) Utilidade Pública Federal (UPF)a) Fundamento Legal: Lei 91/35, Decreto 50.517/61 e alterações da Lei 6.639/79 e Decreto 60.931/67b) Histórico: criado como titulação honorífica a Lei 91/35 prevê, até hoje, que nenhum benefício poderia advir da obtenção do título, salvo a autorização para uso dos símbolos da entidade e do uso do próprio títuloc) Órgão Expedidor: Ministério da Justiça – Divisão de Outorgas e Títulos (www.mj.gov.br/snj)d) Validade: tempo indeterminadoe) Requisitos:- ser associação civil ou fundação constituída no Brasil que sirva desinteressadamente à coletividade;- ter personalidade jurídica;- estar em efetivo e contínuo funcionamento nos três últimos anos, com exata observância do estatuto social;- não remunerar, por qualquer forma, diretoria, conselho fiscal e conselho consultivo (cláusula estatutária);- não distribuir lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados (cláusula estatutária);- comprovar, por relatórios circunstanciados dos três últimos anos (ano a ano), que promove a educação ou exerce atividades de pesquisas científicas, de cultura (mesmo que artísticas) ou filantrópicas, de caráter geral e indiscriminado;- ter diretoria com folha corrida ilibada e moralidade comprovada;- obrigar-se a publicar, anualmente, a demonstração de receita e despesa do ano anterior desde que tenha sido contemplada com subvenção federal.

1.4) Certificado de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)a) Fundamento Legal: Lei 9.790/99 e Decreto 3.100/99.b) Histórico: surge da interlocução do Conselho Comunidade Solidária com a sociedade civil, no seio da reforma do marco legal do Terceiro Setor.c) Órgão Expedidor: Ministério da Justiça – setor de OSCIP’sd) Validade: indeterminadae) Requisitos:- que a entidade atenda a uma ou mais das seguintes finalidades: promoção de assistência social; promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; promoção gratuita da educação, desde que respeitada a forma complementar de participação das OSCIP’s; promoção gratuita da saúde, respeitada a forma complementar de participação das OSCIP’s; promoção da segurança alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; promoção do voluntariado; promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito as mencionadas atividades;- que o estatuto preveja expressamente as seguintes cláusulas: a organização é de direito privado e não tem fins lucrativos; a organização não distribui entre seus sócios, associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e os aplica integralmente na consecução de seu objetivo social; a organização observa os princípio da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência; a organização adotará as práticas de gestão administrativas necessárias e suficientes a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da participação no respectivo processo decisório; existência de Conselho Fiscal, competente para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade; em caso de dissolução, o patrimônio líquido remanescente seja transferido para outra OSCIP, nos termos da Lei 9.790/99, preferencialmente com o mesmo objeto social; na hipótese de perda da qualificação, o respectivo acervo patrimonial disponível, adquirido com recursos públicos durante o período de existência, seja transferido para outra OSCIP, preferencialmente com o mesmo objeto social; normas específicas de prestação de contas: serão observados os princípios fundamentais da contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade; será dada publicidade, por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, do relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo as certidões negativas de débito no INSS e no FGTS, que devem ser colocadas à disposição para exame de qualquer cidadão; será realizada auditoria independente da aplicação dos recursos objeto de termo de parceria conforme previsto no Regulamento 3.100/99; serão prestadas contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pelas OSCIP’s, a ser feita conforme o parágrafo único do artigo 70 da Constituição Federal; poderá instituir (ou não) remuneração aos dirigentes: expressar claramente que não remunera seus dirigentes, sob qualquer forma ou expressar claramente que remunera seus dirigentes que atuem efetivamente na gestão executiva ou prestem serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados no mercado.

Thursday, December 02, 2004

Será Que Não Somos Capazes de Aprender as Lições?...

O texto a seguir, retirado do artigo intitulado "O neoliberalismo como doutrina econômica", de Theotonio dos Santos, ajuda a entender como o neoliberalismo vem operando no Brasil.

ABRE ASPAS
O Brasil, apesar dos seus esforços de crescimento econômico baseados na importação de tecnologias, capitais, cultura e processos administrativos dos centros econômicos mais desenvolvidos, não pôde resolver nenhuma de suas chagas históricas. Ao contrário, aprofundou a concentração econômica, submeteu seu povo a formas dramáticas de "modernização", empurrando sua população do campo para as metrópoles sem poder oferecer-lhe trabalho, habitação, educação, saúde e alimentação.

Essa falsa "modernização", alcançada através do golpe militar de 1964, do regime de exceção, da tortura e da repressão cultural, moral e física, foi o produto de um pensamento social oligárquico, colonizado e racista, que pensou ser possível criar uma "grande potência" econômica moderna nas costas de famintos e analfabetos.

O grave, contudo, é que não se aprendeu a lição. Num passe de mágica, este pensamento conservador e reacionário pretende e tem conseguido convencer o povo brasileiro de que o regime ditatorial criado pelo grande capital internacional pecou, não por excesso de liberalismo econômico a serviço do capital, e sim por excesso de intervenção estatal, nacionalismo e planejamento.

Aqueles que chegaram ao poder pela força, em nome do liberalismo, do livre mercado, da livre entrada do capital internacional, das políticas econômicas de curto prazo, do pragmatismo, querem convencer o povo brasileiro de que ocorreu exatamente o contrário. Que a ditadura foi o reino do socialismo (!), do planejamento (!), do estatismo (!), do nacionalismo (!). E que para modernizar o Brasil é necessário ... aumentar a desregulamentação, a livre ação do mercado, a privatização, a exportação,etc., etc. Todas as receitas que foram aplicadas nesses vinte anos de ditadura e mais seis de transição democrática ou Nova República!

Esta transição, por sinal, foi comandada pelo presidente do partido da ditadura (sr. José Sarney)! Durante mais dois anos instalou-se um governo "neoliberal" sob a égide do neoliberal Fernando Collor herdeiro das mesmas forças que realizaram a ditadura e que se apresentaram como salvação do país! O Brasil continuou sob a eterna e paternal égide do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, que orientaram a política econômica desde 1964!

Depois de um interregno "o governo Itamar Franco", em 1994 volta-se a constituir um governo com maioria conservadora (PFL e PTB) unida a um partido de centro, o PSDB. A única diferença é que a cabeça do governo fica com o centro, através de Fernando Henrique Cardoso. Mas as políticas seguidas são as mesmas de todo o período anterior. Apesar deste continuísmo quase absoluto, cada um destes governos foi apresentado ao país como algo totalmente novo em relação aos anteriores.

Tamanho cinismo só é possível pelo trabalho sistemático de desinformação que realizam nossos meios de comunicação e nossas elites culturais e políticas cooptadas. Também é possível pelo baixo desenvolvimento educacional de nossa população e pelas limitações provincianas de nossa intelectualidade. Nesses anos de ditadura só se fez reafirmar a idéia de que o mundo se resume a Nova York e Paris. E talvez Tóquio, nos nossos dias, num forte esforço de atualização.
FECHA ASPAS

E, lamentavelmente, parece que nem mesmo o governo do PT consegue romper esse círculo vicioso.

Referência: dos Santos, T., O neoliberalismo como doutrina econômica, Econômica, Revista da Pós - Graduação em Economia da Universidade Federal Fluminense, V.1 N.1 - Junho 1999, http://www.uff.br/cpgeconomia/v1n1/theotonio.pdf

Sustentabilidade de Organizações Sem Fins Lucrativos

Tom David em Reflections on Sustainability, Reflections, February 2002, Volume 3, No. 1, The California Wellness Foundation, http://www.tcwf.org/reflections/2002/feb/ observa que:

Os doadores, tipicamente, nos dão recursos para projetos de duração limitada, para os quais teremos, talvez, que contratar novos colaboradores, comprar equipamentos e assumir vários custos indiretos não-reembolsáveis - e, ainda assim, eles esperam que, de algum modo, nós encontremos uma maneira de nos sustentar sozinhos.

A Fundación Arias assim define sustentabilidade no trabalho: El Autofinanciamiento y la Cooperación Empresarial como Mecanismos de Sostenibilidad, Un estudio diagnóstico del caso costarricense, 1997, http://www.arias.or.cr/documentos/nmmr/diagCR/

"A capacidade das ONGs consolidarem e incrementarem a interação com a sociedade em função da contribuição que dão ao seu desenvolvimento."

Os dois trabalhos citados, cada qual apresentando um enfoque particular sobre o que vem a ser sustentabilidade em organizações sem fins lucrativos, e mais o trabalho Cuatro Pilares de la Estabilidad Financiera, de Patricia León, Serie Recursos para el éxito, Volume 2, The Nature Conservancy: 2001, Arlington, Virginia, USA, http://nature.org/summit/files/four_pillars_spn.pdf nos expõem alguns mecanismos para a busca da sustentabilidade.

Saturday, November 20, 2004

Links sobre Avaliação de Projetos Sociais

Apresento a seguir uma lista de sítios na internet de onde se pode fazer o download de documentos sobre Avaliação de Projetos Sociais.

Participatory Monitoring and Evaluation
http://www.worldbank.org/wbi/communityempowerment/Modules/PME.html

Planning and Managing an Evaluation
http://www.undp.org/eo/evaluation_tips/evaluation_tips.html

Solicitud de metodologías – Governo da Colômbia
http://www.dnp.gov.co/03_PROD/METOD/Solicitud_Metodo.html

International Program for Development Evaluation Training (IPDET): Course Modules
http://www.worldbank.org/oed/ipdet/

Participatory Monitoring and Evaluation – Governo da Bolívia
http://www.vipfe.gov.bo/dgip/index.html
- selecionar:” Instrumentos del SNIP”;
- contenido: “TECNICO METODOLOGICOS”;
- contenido: “METODOLOGIAS DE PREPARACION Y EVALUACION DE PROYECTOS”.

Fundación W.K. Kellogg Manual de Evaluación http://www.wkkf.org/Pubs/Tools/Evaluation/SpnEvHbook_00447_03672.pdf

Curso internacional ENAP, Avaliação de projetos sociais: a contribuição da CEPAL, Brasília, 19 e 20 de março de 2001, Ernesto Cohen e Rolando Franco http://www.enap.gov.br/html/cursos/curso_internacional_enap.htm

Monitoring and Evaluation Handbook in Spanish, PNUD
http://stone.undp.org/undpweb/eo/evalnet/docstore3/yellowbook/spanish/index.htm

Monitoring and Evaluation Training Package in Spanish, PNUD http://stone.undp.org/undpweb/eo/evalnet/docstore3/yellowbook/training/MandE-package/index-spanish.htm

Juiz briga na justiça para ser chamado de “Doutor”

O Globo de 10/11/2004, publica, na página 14, a notícia sobre um juiz de São Gonçalo que entrou na justiça contra a síndica do seu prédio, para obrigar os empregados do condomínio a tratá-lo de “Senhor” ou “Doutor”.
A razão de tal comportamento por parte do juiz é explicada com muita clareza por Marilena Chaui na aula inaugural intitulada “Educação: direito do cidadão e não mercadoria” da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - FFLCH/USP, São Paulo, 20 fevereiro de 2003, da qual reproduzo a parte pertinente ao assunto.
(...)
Conservando as marcas da sociedade colonial escravista, a sociedade brasileira é fortemente hierarquizada: nela, as relações sociais e intersubjetivas são sempre realizadas como relação entre um superior, que manda, e um inferior, que obedece. As diferenças e assimetrias são sempre transformadas em desigualdades que reforçam a relação mando-obediência. O outro jamais é reconhecido como sujeito nem como sujeito de direitos, jamais é reconhecido como subjetividade nem como alteridade. As relações, entre os que se julgam iguais, são de cumplicidade; e, entre os que são vistos como desiguais, o relacionamento toma a forma do favor, da clientela, da tutela ou da cooptação, e, quando a desigualdade é muito marcada, assume a forma da opressão.
Podemos resumir os principais traços de nosso autoritarismo social considerando que a sociedade brasileira se caracteriza pelos seguintes aspectos:
(...)
- fascínio pelos signos de prestígio e de poder: uso de títulos honoríficos sem qualquer relação com a possível pertinência de sua atribuição, o caso mais corrente sendo o uso de "Doutor" quando, na relação social, o outro se sente ou é visto como superior - "doutor" é o substituto imaginário para os antigos títulos de nobreza do período colonial e da monarquia; ou da manutenção de criadagem doméstica cujo número indica aumento (ou diminuição) de prestígio e de status, ou, ainda, como se nota no desprezo pelo trabalho manual e na valorização dos diplomas que credenciam atividades não manuais, etc. O fascínio pelos signos de prestígio tem como contrapartida o desprezo pelo trabalho manual.
(...)

Thursday, October 28, 2004

Referências Bibliográficas Sobre Responsabilidade Social

Responsabilidade Social das empresas e o Terceiro Setor: uma experiência brasileira
http://integracao.fgvsp.br/14/FUNDA%20O%20ORSA%20port.doc

Publicações do Instituto ETHOS
http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3756&Alias=Ethos&Lang=pt-BR

Publicações do GIFE
http://www.gife.org.br/publicacoes.php

Pesquisa do IPEA: Ação Social das Empresas
http://www.ipea.gov.br/asocial/

Cómo Medir la Responsabilidad Social Empresaria http://www.alianzas.org/archivos/documentos/ROCHLIN.pdf

Diseño y Gestión de Programas para Corporaciones http://www.alianzas.org/archivos/documentos/LANDESMAN%20EMPRESAS.pdf

Responsabilidade Social 8000
http://www.cepaa.org/Document%20Center/SA%208000%202001%20Port.doc