Conto da Carochinha: A Princesa da RSE
Conto da Carochinha: A Princesa da RSE...
Era uma vez..., não um príncipe encantado, mas sim uma grande empresa que havia obtido uma alta distinção por seus programas de ação social referentes ao envolvimento com as comunidades locais, com menção honrosa do Boston College Center for Corporate Citizenship, na qual eram destacadas, sobretudo, suas políticas em favor da integração laboral de minorias étnicas e de grupos de mulheres. Nossa bela empresa também havia obtido seis relevantes prêmios por seu decidido respeito ao meio ambiente durante o ano 2000, assim como um reconhecimento generalizado por suas políticas antisuborno e anticorrupção. E não havia se contentado com isso somente, como também havia incentivado o seu esforçado pessoal a se envolver com ações voluntárias. Tudo isso havia colocado a nossa distinta empresa, durante três anos consecutivos, no célebre renque das 100 melhores empresas para se trabalhar. Verdadeiramente, era uma entidade com uma imagem toda plena de bondade, como essas princesas dos contos de fada.
Quiçá em nosso relato só faltaria desvendar o intrigante mistério sobre a identidade dessa preciosa graúna branca da responsabilidade social e ambiental. Sim, como sempre a realidade é um pouco mais dura e chocante que as histórias simbólicas do mundo dos contos de fada, e resulta que a nossa principesca empresa se chamava Enron (o que é mesmo que esse nome me faz lembrar?) (Ribera). E como encontraram, tal qual encontrei, assim me contaram, assim vos contei (Cascudo, 1946 ap. Neves, 1960)!...
Referências: Wanderley, I. R., Tradução adaptada de Ribera, J. M., Puntos de debate sobre la elaboración del balance social por parte de las entidades no lucrativas, http://www.neticoop.org.uy/documentos/dc0219.html ; Cascudo, C., Contos tradicionais do Brasil, Rio de Janeiro: 1946 ap. Neves, G. S., Corre dom galo, que o mundo vai se acabar!, A Gazeta, Vitória: 1960.


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